Convém aqui referir, que adoro ler, em especial romances. Ao menos no mundo da leitura podemos dar asas às nossas fantasias...
Conheci o trabalho deste escritor quando li, o ano passado, Já Ninguém Morre de Amor e com este cativou-me.
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Já Ninguém Morre de Amor é a odisseia dos Palma Lobo. Um enterro fictício, um homem enforcado com cães e gatos na mesma árvore, um homem que morre a fornicar e um fogo posto para fazer arder o local do pecado… esta não é uma história de amor, é uma história sobre amor."
E por esse motivo, este ano aquando da minha rumaria à Feira do Livro de Lisboa, só podia já que do Porto este ano não houve, lamentável! toca de comprar mais livros do escritor aqui falado.
No entanto, fiquei um bocadinho desiludida quando li "Amor à Primeira Vista", tudo muito certo que foi o primeiro romance deste autor, mas esperava mais, talvez a minha expectativa fosse muito elevada, mas o livro até meio entediou-me.
"Ela era famosa, ela era conhecida, ela era bonita, ela tinha um corpo magnífico. Porque não aproveitar aquele momento em que podiam estar perto dela e vê-la? Vê-la ao vivo, não como nos outros dias, mas vê-la mesmo ali ao lado deles, a dançar, encostada a o balcão e falar com ele, ou mesmo a caminho de algum lado. A deslizar, como ele dizia que andava. Raquel era «alguém», era uma «personagem», uma menina que o país adorava ver, todas as Quartas-feiras à noite, depois da telenovela. A televisão faz isto às pessoas. Torna-as impossíveis, pensou ele. Impossíveis para os outros. Odiava ser namorado dale, pensou. Adorava ser namorado dela, pensou."
Agora tou curiosa para ler o "Verão Quente" que está na prateleira, porque de Verão Quente este ano ainda só apanhei mesmo no Algarve... e vamos ver se este livro desempata a minha opinião.
"Em 1975, no auge do Verão Quente, com Portugal à beira de uma guerra civil, Julieta é encontrada inanimada e cega, depois de cair pela escada, na sua casa de família na Arrábida. E, num dos quartos do primeiro andar, são descobertos, já mortos, o seu marido, Miguel, e a sua irmã, Madalena. Seminus e ambos atingidos com duas balas junto ao coração, as suas mortes levam o tribunal a condenar Julieta pelo duplo homicídio. Vinte e oito anos depois, em 2003, a cegueira traumática de Julieta desaparece e ela volta a ver. Começa também a recordar-se de muitos pormenores daquela tarde trágica em que aconteceu o crime, e em conjunto com Redonda, a sua bonita filha, e o narrador da história, vão tentar reconstituir e desvendar o terrível segredo da Arrábida, que destrui aquela família para sempre. Quem matou Miguel e Madalena e porquê? Será que eles eram mesmo amantes, como a polícia suspeitou? Será que Julieta descobriu a traição infiel do marido e da irmã? Ou será Álvaro, ex-marido de Madalena e um dos «Capitães de abril», o mandante daquele crime? "
